Por Priscilla Franceschini – Nutricionista.
Excesso de peso, insônia, dores no corpo, desordens estéticas (acne e celulite), depressão, má digestão, cansaço, alterações de humor, ansiedade, infecções recorrentes podem ser sinais de uma alimentação inadequada e de excesso de toxinas no organismo.
O estilo de vida atual, bem como as condições do meio ambiente, expõe o organismo humano a diferentes tipos de toxinas diariamente. Além dessas toxinas ambientais, diversas substâncias presentes nos alimentos também podem agir como xenobióticos (substâncias estranhas), tais como agrotóxicos, hormônios, substâncias alergênicas, aditivos alimentares, entre outros, levando a diversas alterações no organismo. O excesso de toxinas no organismo provoca, entre outros fatores, inflamações responsáveis pela dificuldade em emagrecer.
A detoxificação é um processo que o organismo faz para eliminar toxinas. A dieta de detoxificação só pode ser feita a partir de uma anamnese nutricional detalhada, composta por histórico de saúde e doença, avaliação do consumo alimentar, da composição corporal e de todos os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. A partir dos dados coletados é avaliado a necessidade da aplicação da dieta e permite o profissional identificar os alimentos que precisam ser retirados e os que devem ser adicionados no plano alimentar.
Quando aplicar a dieta de detoxificação?
Sabemos que os hábitos alimentares se perpetuam ao longo dos anos, pois aprendemos a comer por imitação, e que isso nos faz consumir determinados tipos de alimentos com bastante frequência e por longos períodos. Esse fator somado a sinais e sintomas como excesso de peso, insônia, dores no corpo, acne, celulite, depressão, má digestão, cansaço, alterações de humor, infecções recorrentes e outros fatores, demonstram que em alguns momentos da vida é necessária a aplicação da dieta de detoxificação para eliminar as toxinas. Porém, essa dieta deve obrigatoriamente ser individualizada.
É importante destacar que essa conduta nutricional tem como objetivo retirar da alimentação diária os principais alimentos que podem ser prejudiciais ao indivíduo, bem como excluir temporariamente outros alimentos que são consumidos com muita frequência, como exemplo, carne vermelha, açúcares, laticínios, alimentos industrializados ricos em aditivos químicos, incluindo alimentos enlatados, embutidos e refinados, além de refrigerantes e sucos artificiais. A dieta de detoxificação engloba três fases, com duração média de trinta a quarenta dias, sendo principal órgão responsável por esse processo, o fígado.
A American Cancer Society sugere que 2/3 dos casos de câncer dos EUA são ocasionados apenas por 2 fatores: fumaça inalada e alimentos ingeridos. Isto mostra uma relação grande do nosso organismo em reação ao ambiente, mas, sobretudo, indica que a nutrição pode fazer diferença significativa na história individual das pessoas. E um dos princípios desse processo é a detoxificação adequada.
Os alimentos que possuem maior potencial de detoxificação são aqueles ricos em vitaminas, minerais e fibras, preferencialmente sem aditivos químicos e agrotóxicos. Frutas, verduras, ervas aromáticas e água são os alimentos com maior potencial de detoxificação, tendo sua ação potencializada quando orgânicos. Ainda podemos incluir no grupo dos alimentos com capacidade de detoxificação o azeite extra virgem, raízes (ex. mandioca), arroz integral, castanhas, nozes e leguminosas, como feijão, fava, grão de bico e soja.
Benefícios da Dieta de Detox:
- Emagrecimento;
- Melhora da função digestiva e absorção de nutrientes;
- Melhora da função hepática;
- Diminuição das crises de enxaqueca;
- Redução da celulite, queda de cabelos;
- Melhora da memória;
- Melhora da qualidade do sono;
- Redução significativa da carga tóxica;
- Normalização das desordens hormonais.
- Melhora da disposição física;
- Melhora da imunidade.
Os dez alimentos mais tóxicos:
A ingestão de alguns alimentos pode ser a porta de entrada para diversas toxinas no corpo. Conheça alguns dos alimentos mais tóxicos!
- Refrigerantes;
- Gorduras ruins;
- Sal;
- Açúcar refinado;
- Fast-food;
- Pão e outros produtos a base de farinha branca;
- Carne processada;
- Chocolate;
- Cafeína;
- Alimentos contaminados por pesticidas e agrotóxicos.