Todos sabemos, mas não custa reforçar que o leite materno é, sim, fundamental e insubstituível para garantir dezenas de benefícios para os bebês e mamães
Depois de longos nove meses de espera, o bebê chegou. Juntamente com ele, nasce uma porção de questionamentos sobre o principal cuidado com o pequeno nessa fase: a alimentação. E nesse quesito, o leito materno é fundamental. A amamentação de tão importante, tem até semana especial no calendário: o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) promovem do dia 1 ao dia 7 de agosto a Semana Mundial da Amamentação, lembrando o quanto o leite materno pode fazer diferença na vida da criança, estimulando as mães a praticarem esse gesto de amor e esclarecendo as principais dúvidas sobre o tema.
De acordo com a pediatra Letícia Domingos, o leite materno é o alimento ideal para o bebê, pois ele supre todas as necessidades nutricionais da criança até os 6 meses de idade, além de protegê-lo contra a desnutrição, alergias e infecções. “O leite dos primeiros dias após o parto é o colostro, ele oferece grande proteção principalmente contra infecções, é como se ele fosse a primeira vacina do bebê”, diz a médica. Mas os benefícios não param por aí. A pediatra listou os principais deles, e você os confere a seguir:
Amamentar seu filho só faz bem!
1. O leite materno fornece água e todos os outros nutrientes necessários ao bebê, em quantidades adequadas para o crescimento e desenvolvimento do mesmo. Está pronto, sempre fresco e na temperatura ideal;
2. A amamentação fornece anticorpos da mãe, protegendo o bebê contra diarreia, otites, pneumonias e meningites, além de diminuir as chances de alergia;
3. Favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, o que é importante para a fala, respiração e prevenção de problemas de dentição na criança;
4. Promove um vínculo entre mamãe e bebê, pois é comprovado que crianças amamentadas ao seio são mais tranquilas;
5. A mãe, ao oferecer o seio ao seu filho, transmite segurança, prazer e conforto ao pequeno;
Vantagens para a mamãe e família
1. O leite materno possui também uma vantagem econômica: está ponto para beber e não custa nada;
2. A amamentação proporciona a liberação de hormônios (endorfinas) que aumentam a sensação de prazer e felicidade para a mãe que amamenta;
3. A amamentação ajuda a reduzir a hemorragia pós parto, e ajuda a voltar ao peso normal;
4. Previne a mãe de doenças como câncer de mama e de ovário;
O que fazer para a amamentação dar certo?
Que o leite materno é o melhor alimento que você pode oferecer ao seu bebê não há mais dúvidas. Só que o sucesso do aleitamento às vezes também pode depender de pequenos detalhes. A pediatra listou alguns deles:
1. Para aumentar o leite, o estímulo da sucção desde a sala de parto é muito importante;
2. A mãe deve oferecer o peito ao bebê sempre que ele quiser (livre demanda);
3. A mãe não deve dar nenhum outro tipo de líquido ao bebê enquanto ele estiver em fase de amamentação, mas ela deve tomar bastante água;
4. A posição da mãe e do bebê na hora da amamentação é muito importante. A maneira tradicional de segurar o bebê não é a única que favorece a amamentação. Pode ser deitada ou encostada na cama, com o bebê em uma posição mais vertical. O importante é ambos estarem confortáveis;
5. O jeito como seu filho vai pegar o peito determina boa parte do sucesso da amamentação. Quando a “pega” do peito não é adequada, a criança pode receber pouco leite. Então, o melhor é colocar o bebê numa posição que favoreça a “pega”. O bebê deve estar voltado para a mãe, com a cabecinha na altura do mamilo, barriga com barriga. Ele deve abocanhar não apenas o bico, mas também a aréola do peito.
A alimentação da mãe pode prejudicar a amamentação?
De acordo com a pediatra, a maioria dos alimentos não afeta a amamentação. Não existe um cardápio pré-determinado. O ideal é que a mãe se alimente da maneira mais saudável possível, dedicando especial atenção aos líquidos.
Segundo Leticia, os alimentos que contém cafeína (café, chá mate, etc) e refrigerantes em grande quantidade podem causar cólicas no bebê, porém a mãe deve observar e testar, pois isso depende de cada caso. A pediatra ainda acentua que não é necessário tomar mais leite de vaca que o de costume, pois isso não necessariamente irá produzir mais leite materno. “Não se deve também suspender o leito de vaca e seus derivados na alimentação, essa dieta só deverá ser feita nos casos de alergia à proteína do leite da vaca”, diz.
Por Camila Neumann