Animais de estimação podem transmitir doenças a humanos, porém ao cuidar da saúde dele você estará cuidando também da sua
Companhia, diversão, aprendizado, amor… Não há como negar: ter um bicho de estimação em casa – como um gato ou um cachorro, por exemplo, oferece muitos pontos positivos. Porém, todos os animais de estimação, requerem cuidados de médicos veterinários por toda a vida, gastos com alimentação, saúde e higiene, além de tempo dos proprietários para cuidados e convívio social.
De acordo com a médica veterinária Karen Kramer, são as consultas regulares com o médico veterinário que evitarão que o animal de estimação possa pegar alguma doença e transmitir aos seus donos. Pois infelizmente, existem diversas doenças com caráter zoonóticos (doenças que passam dos animais para o homem). Abaixo você confere algumas delas com dicas simples de como evitá-las, protegendo seu bichinho de estimação e também a saúde de toda a sua família.
Doenças transmitidas por animais de estimação
Giárdia em cães ou giardíase: De acordo com a veterinária, essa verminose se trata de uma das doenças mais comuns em cães, e é caracterizada por fezes com sangue e diarreias. “Os animais se infectam ao ingerirem a giárdia na forma de cistos, geralmente encontrados na água, comida ou fezes, que são eliminados por animais doentes”, explica a médica.
Como evitar: Conforme Karen, para evitar a giárdia a vacinação é essencial, pois reduz a incidência da doença com eficácia. “A vacina contra a giárdia é composta de duas doses, uma a cada 21 dias, para animais nunca antes vacinados, com reforço anual em dose única”, acentua.
Leptospirose: Segundo a veterinária, muito se engana quem acha que a leptospirose é uma doença exclusivamente transmitida pelos ratos. Os cães, através da água contaminada, também podem contrair a doença e ser fonte de transmissão dessa zoonose muito perigosa à saúde humana e animal, que pode levar o infectado à morte. “A leptospirose é transmitida aos cães pelo contato com as fezes e urina do rato”, explica.
Como evitar: Para evitar esse mal, a veterinária diz que é necessário manter o animal em local higiênico e com as vacinas em dia. “A primeira vacinação do animal contra a leptospirose deve ser feita em três doses com 21 dias de intervalo entre cada aplicação. Os reforços devem ser anuais em dose única”, recomenda. “Lembrando que a vacina múltipla dos cães, chamada de V8 e V10 contém também a variedade contra leptospirose”, completa.
Tosse dos canis: A tosse dos canis, conforme a veterinária, causa uma série de problemas respiratórios no animal, e pode ser transmitida para os seres humanos. O principal sintoma da doença, a tosse, é também a sua forma de contágio. Essa tosse se caracteriza por ser constante e seca. Espirros também são bastante frequentes e em casos de maior gravidade, sinais como febre, perda de apetite, coriza, depressão, tosse com catarro e secreções nos olhos também podem aparecer, facilitando com que a doença evolua para uma pneumonia, por exemplo, que pode ser fatal.
Como evitar: Segundo a profissional, a prevenção da doença também se faz através da vacinação. Além da vacina anti-rábica e da vacina múltipla (contra cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, coronavirus e parainfluenza), todos os cachorros devem receber uma dose da vacina contra a tosse dos canis a partir dos dois meses de vida, com reforço anual.
Raiva: A raiva canina talvez seja a mais conhecida das zoonoses. “É transmitida pelo contato com a saliva de um cão doente, principalmente por meio da mordida”, diz a veterinária. A doença pode demorar até dez dias para se manifestar no animal infectado e, em quase 100% dos casos, é fatal. Entre os principais sintomas da raiva canina estão a agressividade, salivação excessiva, paralisia e mudanças de comportamento, que podem fazer seu pet deixar de ser alegre para se tornar depressivo e retraído.
Como evitar: De acordo com Karen, a raiva tem na vacinação a sua única forma de prevenção eficiente nos animais. “A primeira vacina contra a raiva deve ser feita a partir dos seus 4 anos de vida, e seu reforço deve ser uma dose única e anual”, completa.
Prevenir sim, abandonar jamais
De fato existem algumas doenças que podem ser transmitidas dos animais de estimação para os homens. Porém, isto nunca deve ser usado como justificativa para abandonar um bicho. Infelizmente esta é uma realidade: diariamente inúmeros animais como cachorros e gatos são abandonados à própria sorte, geralmente devido à irresponsabilidade de pessoas que os compraram/adotaram sem pensar nos cuidados que eles exigem (custos com alimentação e veterinário, atenção, espaço, etc.).
Karen lembra que o animal saudável não transmite doenças. Portanto levar o seu animalzinho periodicamente ao veterinário e cuidar de sua higiene, alimentação, e manter suas vacinas sempre em dia é essencial. “É preciso lembrar que ao adquirir um animal você está adquirindo uma vida, não um produto. É um ser que depende de você para comer, para passear, para ir ao veterinário. E pode ter certeza que ele vai lhe dar muito carinho, mas o mínimo que ele exige é a retribuição de cuidado”, diz a veterinária.
Por:Camila Neumann
[…] uma matilha de cães farejadores, treinados para reconhecer os odores característicos da doença e imperceptíveis ao […]