O mau hábito alimentar está entre as principais causas

 

A hipertensão já não é mais um mal exclusivo dos adultos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 6% das crianças e adolescentes brasileiros já podem ser considerados hipertensos. Entre esses jovens e crianças, o fator genético é potencializado, na maioria dos casos, pela combinação de obesidade e sedentarismo. Por isso um dos fatores determinantes do problema é a falta de controle alimentar.

A causa desse problema, segundo o pediatra e alergista Gilberto Saciloto, normalmente é hereditária. “Se a criança é precocemente hipertensa, isso por ser uma resposta genética familiar. Por isso é importante investigar e tratar a todos com normatização metabólica, diética e medicamentosa”. Outro fator que conduz a hipertensão são os excessos de sódio e gorduras na alimentação, assim como a falta de exercícios diários, ou seja, o sedentarismo. “Além do estresse que os jovens são submetidos hoje com multitarefas diariamente agendadas. Por isto a medida da pressão arterial é fundamental nos consultórios pediátricos”.

O pediatra ainda afirma que a hipertensão tanto no adolescente como na criança apresenta-se na maioria das vezes de modo silenciosa, ou seja, sem sintomas. “Esse é um enorme perigo, pois sua gravidade pode aumentar sem que o paciente perceba, tornando-se cefaleia, edemas e eventuais convulsões”.

Quanto ao tratamento, requer reeducação alimentar, cuidados e medicamentos. “O tratamento  visa a causa primária, se houver (uma lesão vascular ou renal por exemplo). Mas se ela for “essencial”, como denominamos, quando não há uma causa explicita, segue-se padrões clínicos para este objetivo”, explica Gilberto.

Contudo, a prevenção é a maneira mais segura e eficaz de combater a hipertensão arterial. Pois no caso de crianças e adolescentes, através do diagnóstico precoce, o quadro da doença pode ser totalmente revertido. Por isso é importante a alimentação ser controlada, principalmente pelos pais e, gerenciada pelo pediatra e nutricionista, desde cedo, a fim de evitar problemas futuros, que poderão atingir artérias vitais, como no cérebro, coração e rins.

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