Auto exame - cancer de mama

Realizar o autoexame mensal e a mamografia ajudam a evitar sequelas.

 

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O câncer de mama, de acordo com o cancerologista cirúrgico, Dr. Leonardo Gavarrete, é um tumor maligno gerado nas células da glândula mamária. “Uma célula normal do parênquima mamário sofre transformações no seu DNA perdendo a capacidade de evitar sua morte programada e multiplicando-se desordenadamente. Estas células podem sair da mama pelos vasos linfáticos ou sanguíneos e multiplicar em outros locais como linfonodos e ossos, processo chamado de metástase”, afirma o médico.

Os tumores iniciais de mama são assintomáticos, por isso é importante a realização da mamografia. “Para detecção precoce recomendamos a mamografia a partir dos 40 anos, além disso, o autoexame mensal das mamas. Quando o tumor apresenta mais de 2cm normalmente pode ser palpado como um nódulo na mama, este nódulo geralmente é indolor”, salienta o cancerologista.

Ao suspeitar do câncer de mama, segundo Dr. Leonardo, o médico realiza o diagnóstico através de uma biópsia do nódulo, feita normalmente com pistola de agulha grossa ou punção por agulha fina. O tratamento é multidisciplinar e individualizado. “O tratamento ao todo pode durar até dois anos. As bases são cirurgia, quimioterapia e radioterapia, contudo outros profissionais também participam, como o cirurgião plástico, psicóloga, nutricionista, enfermeiras, patologista, entre outros”, esclarece o médico.

O câncer de mama pode abalar profundamente o psicológico como o físico de uma mulher que precisa realizar a mastectomia, cirurgia de retirada da mama. Processar a possibilidade de uma cirurgia, dar a notícia aos familiares e conseguir superar a perda da mama sem cair em depressão são algumas das tarefas que a paciente tem pela frente.

A cirurgia pode ser feita com mastectomia não muito invasiva para tumores pequenos e localizados, retirando somente o tumor. Quadrantectomia para a retirada parcial, ou seja, remove-se um pedaço da mama, um quadrante, e a radical que é a retirada da mama inteira, do músculo e da glândula mamária.

Para amenizar essa dor de perda, as mulheres podem, na maior parte, fazer a reconstrução mamária. “A maioria dos casos submetidos à mastectomia tem indicação imediata de reconstrução de mama, no entanto cada caso é individualizado. Já na cirurgia conservadora a reconstrução imediata é realizada, podendo ser optado por múltiplas técnicas, desde a colocação de próteses a retalhos musculares ou regionais”, assegura Dr. Leonardo.

Cancer de mama

Reconstrução de mama

A reconstrução de mama para muitas mulheres é imprescindível e faz parte da sua recuperação. A boa notícia é que a maioria das mulheres podem fazer a reconstrução de mama. “Antes da mastectomia, a paciente, o oncologista e o cirurgião plástico devem conversar, onde o oncologista deve relatar o caso da paciente, sua conduta cirúrgica e o tratamento pós-operatório (quimioterapia e/ou radioterapia). Com esses dados o cirurgião plástico pode programar a cirurgia de reconstrução, e os três em conjunto decidem a melhor maneira de se realizar”, afirma o cirurgião plástico, Dr. Paulo Silveira.

A reconstrução de mama pode ser realizada no mesmo ato da mastectomia ou tardiamente. “Quando não realizada no mesmo ato cirúrgico da mastectomia, se deve esperar 6 meses de pós-operatório, que corresponde ao período mínimo de recuperação cirúrgica. O método de reconstrução escolhido depende da cirurgia realizada e do pós-operatório, e principalmente do acordo entre as partes envolvidas: paciente, oncologista e cirurgião plástico”, ressalta Dr. Paulo.

Para a reconstrução mamária, segundo o cirurgião plástico, existem técnicas locais e a distância, com ou sem prótese de mama e com ou sem uso de expanssores de pele. “A técnica escolhida vai depender do tipo de mastectomia realizada, das condições clínicas da paciente, do tratamento pós-operatório, entre outros fatores”, diz ele.

O tempo de internação é de 2 a 3 dias se tudo ocorrer normal na cirurgia. “O repouso, no hospital, deve ser total. No pós-operatório em casa, repouso relativo, e em torno de 30 dias a paciente já retorna as suas atividades diárias”, pondera o médico.

 

 

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor deixe seu comentário!
Por favor informe seu nome