Natasha Harris tinha 30 anos quando morreu devido a um ataque cardíaco, em fevereiro de 2010. Um patologista afirmou que a dieta de mulher neo-zeolandesa, que incluía oito litros de coca-cola por dia, provavelmente contribuiu com sua morte. Segundo o jornal ‘The Guardian’, a conclusão levou a gigante fabricante de refrigerantes a afirmar que até água pode ser mortal se consumida em excesso.
Um dos componentes da coca-cola é o ácido fosfórico, esse ácido dissolve o cálcio dos ossos. Há alguns anos realizou-se uma pesquisa na Alemanha para detectar a razão do aparecimento de osteoporose em pré-adolescentes. A conclusão foi o consumo excessivo de coca-cola.
Dr. Dan Mornin testemunhou em um inquérito, no último dia 19 de abril, que Natasha provavelmente sofria de hipocalemia, ou baixo potássio, o que ele acredita ter sido causado pelo consumo excessivo de coca e má nutrição em geral, de acordo com o jornal ‘The Guardian’.
Mornin afirmou que níveis tóxicos de cafeína, um estimulante encontrado no refrigerante, também pode ter contribuído para a morte.
O parceiro de Natasha, Chris Hodgkinson, contou que ela bebia entre oito e 10 litros de coca-cola todo dia. “A primeira coisa que ela fazia de manhã era tomar coca, que ficava ao lado da cama, e a última coisa que ela fazia antes de dormir era tomar coca”, disse Hodgkinson. “Ela era viciada.”
Outro patologista, Dr. Martin Sage, afirmou em depoimento que “é certamente bem demonstrado que a ingestão excessiva de refrigerante pode ser dramaticamente sintomática, e existem fortes razões hipotéticas para ela se tornar fatal em casos individuais”.
A nutricionista Lisa te Morenga, da Universidade de Otago, afirmou que consumo em excesso de qualquer tipo de líquido em um clima temperado pode prejudicar o sistema e equilíbrio natural do corpo.
A porta-voz da coca-cola Oceania, Karen Thompson, disse em comunicado que o produto é seguro. “Nós concordamos com a informação do legista de que a ingestão absurdamente excessiva de qualquer produto alimentar, incluindo água, por um curto período de tempo e com o consumo inadequado de nutrientes essenciais, e a falta de procura por cuidados médicos adequados quando necessário, pode ser dramaticamente sintomático.”
De acordo com uma pesquisa conduzida por um grupo americano de defesa ao consumidor, os principais refrigerantes de cola do mercado possuem substância cancerígena em sua composição.
Os responsáveis pela fabricação da coca-cola e da pepsi terão de alterar a composição do corante caramelo dos seus refrigerantes. A decisão foi baseada na legislação da Califórnia, nos Estados Unidos, que obriga as empresas a incluir nos rótulos das bebidas com doses de substâncias cancerígenas essa informação.
Representando a empresa coca-cola nas negociações com a Justiça da Califórnia, Diana Garza-Ciarlante disse que a companhia determinou aos fornecedores de corante caramelo que modifiquem o processo de fabricação do produto.
O objetivo da medida, segundo a coca-cola, é reduzir a substância denominada química 4-metilimizadol – apontada como uma ameaça à saúde. De acordo com Diana, a empresa tomou a iniciativa, apesar de acreditar que não há risco para a saúde pública que justifique a alteração na composição da coca-cola.
Por: Naiara Persegona
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/habito-beber-oito-litros-coca-cola-dia-pode-ter-levado-mulher-morte.html